SULLEN apresentam o espetáculo ''Caronte'' em Carcavelos e Porto

O coletivo criador de música progressiva instrumental, Sullen, apresenta no próximo dia 28 de Julho, às 21h30, no Teatro Helena Sá e Costa, no Porto, o espetáculo "Caronte". No dia 28 de Outubro será a vez de subirem ao palco do espaço CriArte em Carcavelos.

Em ambos os concertos a primeira parte estará a cargo de Dullmea.
O espetáculo no dia 28 de Julho será gravado e filmado para posterior edição em formato de álbum ao vivo.

O coletivo é composto por André Ribeiro na guitarra, Kevin Mota no baixo, Marcelo Rúben Aires na bateria, Pedro Favas na guitarra e Ricardo Pinto no teclado.
Sullen são cinco personalidades movidas pela busca de inovação estética que exploram as dimensões estilísticas do Rock, Metal, Jazz e Eletrónica num exercício de experimentação e fusão composicional, improvisação, sonoplastia e o desenvolvimento de um repertório sofisticado que é também a banda-sonora de uma visão do mundo e das suas vicissitudes.

O novo espetáculo "Caronte" está estruturado sob a premissa de uma experiência audiovisual singular – de carácter simultaneamente performativo e cinematográfico – que engloba modelos distintos de relação com o espaço e o público, procurando fomentar uma experiência diferente e aliciante para os espectadores. O desenho de luz de Fernando Maia e o desenho de som de Rui Barreiros são materializados em estreita ligação com os processos composicionais e performativos dos cinco músicos que se apresentam em palco, conjugando visões e operando paisagens sonoras e visuais em que o virtuosismo e a complexidade se fundem com a beleza e a simplicidade para dar lugar a novos territórios sensoriais.

Dez anos passados da sua fundação e permeando mutações na equipa e na direção artística, o espetáculo "Caronte" corporiza as reestruturações recentes e o paradigma conceptual que originaram em 2023. Tal como o barqueiro de Hades que transporta as almas dos recém-mortos ao longo do rio Aqueronte, a música, o som e a luz deste espetáculo espelham esta ideia de limbo, de transição: uma analogia do percurso recente de Sullen num meio onde o seu exercício artístico se desencontra frequentemente das expectativas e modus operandi dos agentes culturais e público da música alternativa.

Daniela Pinto | Foto:D.R.