Desde que editou o seu álbum de estreia não mais voltou a lançar música em nome próprio até então. Passaram-se dois anos, mas a promessa de um regresso à medida do que COR D'ÁGUA representou a nível de impacto na indústria musical nacional ficou patente nas entrelinhas do discurso que fez, aquando da entrega do prémio para Melhor Álbum, na 6.ª edição dos Prémios PLAY: um dia vamos todos perceber do que se trata este novo capítulo na já consagrada carreira de T-Rex, capítulo esse que se vê agora inaugurado à boleia de "Macarena".
Batida pulsante que já havia sido desvelada pelo próprio artista há coisa de um ano, num teaser a antecipar a direcção que seguirá daqui em diante. Um rumo que não foge em nada ao que o levou a COR D'ÁGUA, álbum assumido como o primeiro, mas construído sobre uma base discográfica que contempla projectos incontornáveis como Chá de Camomila, Gota D'Espaço ou CASTANHO.
Como lado B de "Volta" num universo paralelo, o balanço de "Macarena" volta a exibir a céu aberto todo o leque de vertentes criativas que distinguem T-Rex dos demais rappers: da produção mirabolante ao malabarismo da fonética, o seu novo single refresca a memória do que — num meio cada vez mais acelerado em busca da novidade — significa fazer música alheia à passagem do tempo. E a seu tempo essa longevidade vai-se perceber.