28 Anos depois do
lançamento do bicho, como é que ainda és recebido pelo público?
Continua a receber em
grande, com muito carinho, com muita emoção, né? Eu sou o bicho de estimação
dos portugueses. E aí nós estamos de volta com um novo trabalho, vamos divulgar
esse trabalho, vamos percorrer o país todo com a nossa turnê. Eu estou super
contente de estar aqui falando contigo, matando saudades e apresentando o novo
disco. O "Relaxa", né?
Essa é a razão
para o bicho estar de volta neste último trabalho?
Esse disco é o
primeiro disco que eu estou lançando depois da pandemia. Durante o período que
a gente teve confinado, nós começamos a trabalhar na produção do disco, na
composição das músicas, que na verdade a produção foi depois quando as coisas
começaram a ficar mais calmas, quando a gente já ficou liberado para poder sair
de casa, e a gente começou a trabalhar com os músicos. Deu um prazer muito
grande de fazer esse disco. Fiquei super feliz e está aí o resultado. Nesse
pouco tempo de lançamento, "Relaxa" já está sendo um sucesso. O feedback está
sendo muito bom por parte do meu público.
Olha, para além
do bicho, existem ainda outros sucessos da tua carreira que o público continua
a querer ouvir nos espetáculos?
Sim, aliás eu tenho
uma dificuldade muito grande para compor o meu espetáculo, para fazer a playlist,
porque eu tenho... mais de 200 músicas que eu já gravei, são vários êxitos
durante a minha carreira. Não é só o "Bicho", nem o "Pimpolho", nem o "Requebra", nem
o "É o Tchan", tem um monte de músicas. E para a gente organizar a nossa playlist
do show, sempre fica alguma música de fora, sempre fica um grande sucesso de
fora, né? Mas infelizmente não dá para a gente colocar tudo, não dá para fazer
um show de três horas ou quatro, né? Mas a gente vai introduzindo aos poucos,
conforme a nossa turnê, conforme o local também, a gente vai dando esse
presente ao público. O certo é que os grandes êxitos vão ficando sim, não tem
como sair da playlist, no caso do "Bicho", do "Pimpolho", de "Segure o Tchan", essas
músicas que marcaram e que fazem parte da minha história.
Costumas
acompanhar as tendências tanto da música portuguesa como da música brasileira?
Eu sou muito curioso
e eu acho que isso conta bastante para enriquecer o nosso trabalho. Eu estou
sempre ouvindo música em todo lado, em casa, nas viagens, no trabalho. Eu gosto
muito de música e eu ouço música de todas as partes do planeta, não é só música
brasileira ou música portuguesa. Eu vou sempre buscar alguma informação. Nós
estamos em constante aprendizado na vida. Eu gosto de misturar ritmos, misturar
tendências. Eu acho que assim a gente também vai dando o nosso cunho pessoal e
contribuindo para a evolução da música que se faz. E fico super feliz, estou
super feliz com o resultado. As pessoas já me conhecem e sabem que eu sou
assim. Estou sempre surpreendendo de alguma forma.
Olha, a cultura
musical portuguesa também tem impacto naquilo que tu fazes e produzes hoje?
Tem sim, tem, inclusive
eu fiz num dos meus álbuns recentes, eu tive a participação da Rosinha, a gente
conseguiu fazer uma música e colocar, trazer a música portuguesa, a música mesmo portuguesa do povo, a música
popular e introduzimos com a música eletrónica do Iran não é? A música
Reggaeton, a música latina, nós fizemos essa mistura e resultou na música "Meu
bicho e Teu pacote". Foi um dueto improvável, ninguém nunca imaginou que fosse
dar certo, mas lá está, eu gosto de misturar ritmos, eu gosto de ir além do que
as pessoas estão esperando e deu esse resultado, foi muito bom, fiquei
super contente.
Iran, como é que
tem sido o feedback neste teu novo álbum?
Muito bom, a gente está super feliz, já
estamos cantando no nosso show, na turnê, as pessoas já estão cantando algumas
músicas, principalmente o Relaxa, que é a música que dá titulo ao disco. A
música já tem quase mil dancinhas no TikTok, está todo mundo fazendo a
coreografia. É uma música bem mexida, uma música alegre, que nos primeiros
acordes já todo mundo levanta a mão para cima, já todo mundo canta, todo mundo
dança. E isso é top, eu fico super feliz.
Já que falaste
nas coreografias, como é que elas acontecem? São ideia tua?
Eu trabalho com...
Eu tenho o meu coreógrafo, não é? Eu passo as minhas ideias e eles vão
executando, eles vão criando mediante aquilo que eu vou passando para eles.
Tanto na parte de dança como na parte também da produção musical. Está sempre
lá o dedinho do Irã Costa. Tudo que vocês veem do Iran, as danças, os arranjos,
as letras, tudo tem o toque do Iran lá, que é para finalizar o trabalho, né? Eu
é que assino tudo.
Este teu novo
álbum é uma fusão de vários ritmos. Queres falar-me sobre os temas aqui
apresentados?
Bom, são 16 faixas no disco, são 10 faixas
originais e nós temos alguns remixes também que foram feitos por DJs espanhóis,
a dupla Arlon Vibers e Uri Farre que são de Barcelona, são DJs produtores. O
Cleber Mix do Brasil também, que remisturou o tema Deixar Rolar, fiquei super
contente. E tem o bônus track do Bicho, que a gente já falou, o Bicho está
sempre presente comigo em todo lado. O Iran é o Bicho, o Bicho é o Iran, então
está aqui, a gente colocou um remake do Bicho nesse CD.
Este tem sido um
ano de muitos espetáculos?
Sim, as pessoas
estavam morrendo de saudade de estar com a gente, morrendo de vontade de
receber a nossa energia, o nosso carinho. E eu estou super contente. A minha
agenda está bem preenchida, graças a Deus. Até final do ano a gente vai estar
percorrendo Portugal inteiro, também vamos até a Suíça, ao Luxemburgo, a
Bélgica, Alemanha.Vamos percorrer tudo isso aí porque o povo estava à espera já
dessa nossa energia, dessa nossa alegria. E eu também já estava a morrer de
saudade de abraçar meu público e sentir e ouvir a voz deles cantando
comigo.
Como foi estar
este tempo todo parado? Tu que és uma pessoa agitada e que gostas de estar sempre
em contato com o teu público.
Não foi fácil, né?
Porque eu vivo mais nos hotéis, nos aviões, nas estradas, no palco. O palco é a
minha casa e a gente ficou ali, de repente nós perdemos tudo isso nós estávamos
preparando a turnê dos 25 anos do Bicho, essa turnê não aconteceu por causa da
pandemia e tivemos assim um período, no princípio ficamos assim muito tristes,
né, porque de repente perdemos tudo não só nós artistas, como todos os
profissionais de todas as áreas, com uma população do planeta, né? Mas ainda
bem que passou, porque a gente não consegue viver, nós artistas não conseguimos
viver sem o público. É muito importante aí essa troca de energia que a gente
tem com o público, né? Também sem falar de você não poder estar com a família,
com os amigos. Os apoios que nós tivemos financeiros foram muito poucos, ou
quase nada, né? Principalmente na área da cultura, mas ultrapassamos com força,
com fé, com foco. A gente conseguiu sair dessa e estamos aqui, prontos para a
estrada, para os aviões, para os palcos.
Sentes que este
regresso teve uma energia diferente?
Toda vez que eu subo
no palco é como se fosse a primeira vez. A gente fica assim na expectativa de
não saber qual vai ser a reação do público. Cada público, cada localidade é
diferente, as pessoas te recebem com uma energia diferente. Há sítios que as
pessoas já pulam logo, já gritam, há outros que elas ficam só contemplando,
elas não pulam, elas não gostam de extravasar, mas a gente sente essa energia
na mesma, não é? Então, eu acho que eu estou super contente, porque eu
precisava dessa energia, eu estava sentindo falta dessa coisa boa que eu recebo
do meu público. E eu acho que eles também estavam já precisando dessa nossa
energia.
Depois deste novo
álbum e de um verão de espetáculos, o que ainda tens para nos dar este ano?
Bom, nós vamos
trabalhar até o final do ano na turnê Relaxa, vamos continuar a divulgando o
disco, vamos continuar a ir à televisão e projetos agora é isso aqui, é
promover o Relaxa, o novo CD, que é o novo sucesso desse ano, o primeiro disco
depois da pandemia, né? Depois da pandemia, tá aí.
Iran muito
obrigado, um grande abraço e até a próxima.
Eu é que agradeço,
quem quiser seguir o Iran Costa nas redes sociais é irancostaofficial e não
deixem de seguir o bicho para vocês saberem tudo o que a gente está fazendo,
acompanhar aí os nossos passos, acompanhar tudo o que a gente está fazendo na
música, porque a gente faz tudo para vocês.
Beijo, obrigado,
obrigado pelo carinho.