O Auditório Carlos do Carmo, em Lagoa, encheu-se de público para receber o concerto de apresentação do novo álbum – "Mãe", de Cristina Branco.
Neste espetáculo em que a plateia se dividia entre portugueses e estrangeiros, Cristina Branco contou com um talentoso trio de músicos com quem tem dividido os discos e os palcos ao longo dos anos. Bernardo Couto na guitarra portuguesa, Luís Figueiredo no piano e Bernardo Moreira no contrabaixo são os parceiros que dão vida a este trabalho, contribuindo para a sua sonoridade rica e envolvente.
Num ambiente intimista e quente, entre momentos de conversa e temas do novo álbum, mas também alguns emblemáticos da cantora, ouviram-se entre muitos outros "Fria Claridade", "Rio de Nuvens", "Liberdade", "Senhora do Mar Redondo", "Trago Fado", "Não Há Só Tangos em Paris", "Rosita", "Promessas", "Água e Mel", "Meu Amor é Marinheiro", "Noite Apressada", "Alfonsina y el Mar" e "Sete Pedaços de Vento".
Cristina Branco regressou ao Algarve onde é sempre tão bem recebida, sendo notória a expressão de alegria e emoção perante a sala cheia onde se respeitavam os momentos de silêncio e os aplausos entoavam bem alto.
Bogotá, Lima, Santiago do Chile, Buenos Aires e Rio de Janeiro foram as últimas paragens da digressão 'Mãe' que tem levado Cristina Branco um pouco por todo o mundo. Os concertos, no âmbito do Festival Fado, revelaram-se um absoluto sucesso com plateias esgotadas, rendidas à intensidade emocional e habilidade técnica de Cristina Branco. A nível internacional e, ao longo de 2024, estão ainda previstas atuações na Alemanha, França, Bélgica, Holanda, Espanha, Omã, Panamá, entre outros países.
Em fevereiro de 2024 será a vez de Lisboa e Braga. Dia 2 de fevereiro, Cristina Branco atua no Centro Cultural de Belém, a convite do Museu do Fado, e no dia 3 de fevereiro subirá ao palco do mítico Theatro Circo em Braga.
Editado a 22 de setembro de 2023, o mais recente álbum -'Mãe'- movimenta-se na solenidade que envolve o fado, na magia que se encontra quando se mergulha na música mas também na emoção que as palavras traduzem, nas respirações das suas vírgulas, na intensidade dos seus silêncios. O arranque, assinalado com a primeira amostra do disco, 'Senhora do Mar Redondo', é disto exemplo perfeito, um diálogo a quatro vozes, onde as palavras de Lídia Jorge são interpretadas como se de um manto de libertação se tratassem. Em 'Mãe' Cristina Branco tem o Fado Tradicional como ponto de partida e de homenagem.